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Noite de fé, marca a celebração das Quartinhas de Odé no Ilê Asé Edùn Arà Okun

  • Foto do escritor: jornaldoaxe
    jornaldoaxe
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura

Por Redação - Jornal do Axé


No último sábado de março, dia 29, o Ilê Asé Edùn Arà Okùn se transformou em um verdadeiro templo de luz, cores vibrantes e profunda espiritualidade. A casa de axé, conduzida pelo Babalorixá Gâmby Ty’Sangô, www.candomble.com.br abriu suas portas para a tradicional celebração das Quartinhas de Odé, um rito repleto de beleza, ancestralidade e devoção ao Orixá caçador.

Babalrorisá Gamby e Sua Egbomy Cecilia

Logo ao entardecer, por volta das 18h30, os primeiros toques dos atabaques ecoaram no barracão, dando início ao Xirê, roda sagrada que invoca os Orixás por meio do canto e da dança. O clima era de reverência e encantamento. Os olhos atentos dos presentes acompanhavam o desenrolar de cada passo, cada cântico, cada saudação. Estava inaugurada uma noite em que o sagrado tomou forma, som e cor.


O ápice da celebração foi o momento em que os filhos do Ilê adentraram o espaço carregando suas quartinhas – pequenos vasos ritualísticos enfeitados com tecidos, folhas e flores. Cada quartinha, além de ser um receptáculo simbólico da força de Odé, é um gesto íntimo de carinho, compromisso e saudação ao Orixá da caça, da fartura e da sabedoria ancestral.


As imagens registradas naquela noite revelam muito mais que a estética encantadora dos trajes, adornos e danças. Elas capturam a profundidade dos sentimentos: olhos cerrados em concentração, corpos que se movem com entrega, mãos que seguram com firmeza os símbolos do axé. A cada passo ritmado, era como se os filhos e filhas da casa estivessem reencontrando suas raízes mais profundas.


Odé, o homenageado da noite, manifestou-se com força e graça, trazendo consigo a simbologia da caça, das frutas, da abundância e da comunhão com a natureza. Com balaios repletos de oferendas e danças vigorosas, o Orixá se fez presente em seus filhos e encantou a todos com sua energia vibrante e acolhedora.


A celebração também foi marcada pela presença de outros Orixás que se manifestaram ao longo da noite: Ogum, Oxumarê, Sangò, Yemanjá e Osun. Suas presenças abrilhantaram ainda mais a cerimônia, reforçando a diversidade de forças que sustentam o Ilê Asé Edùn Arà Okun. Cada incorporação foi recebida com respeito e emoção, reverberando nos cantos, nos gestos e na conexão entre comunidade e espiritualidade.


No centro do barracão, um belíssimo ibá (altar) decorado com flores, folhas e elementos sagrados acolhia as oferendas. Era impossível não sentir a vibração que pulsava daquele espaço, onde o sagrado se fazia presente com tanta intensidade. Alguidar tinha feijão fradinho símbolo da rica prosperidade de pai Odé mais os Chifres Bovino . completava os símbolos da fartura, conectando a terra ao invisível.


Para além do ritual, a noite foi também um reencontro com a ancestralidade. A roda, os trajes rendados, os colares de contas, as indumentárias bordadas e os gestos ritualísticos reafirmavam o compromisso com uma tradição viva, pulsante e profundamente conectada com os fundamentos da Nação Ketu. A fé dançada e cantada ali não era apenas devoção, era história, era resistência, era identidade.


O Ilê Asé Edùn Arà Okun mostrou, mais uma vez, que cultuar Odé é também celebrar o coletivo, renovar laços com os ancestrais e manter viva a chama da religiosidade afro-brasileira. Para quem participou, foi uma noite inesquecível. Para quem vê as imagens, é impossível não sentir o chamado.


Okê Arô, Odé! Que sua flecha siga guiando nossos caminhos com fartura, sabedoria e coragem. VEJAM AS FOTOS DOS MELHORES MOMENTOS


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📍 Transmissão AO VIVO aqui neste link! https://youtube.com/live/JFtobaJ48Xo?...

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